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Disfagia é um evento muito comum nos pacientes com câncer de cabeça e pescoço

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  • Autor: Juliana Portas

A deglutição é definida como o transporte de saliva, líquidos ou alimentos da boca até o estômago. A deglutição envolve as mesmas estruturas e os mesmos órgãos da fala, como por exemplo, lábios, língua, dentes, laringe, faringe.

Podemos compreender a deglutição em algumas fases. A fase antecipatória, que antecede a alimentação, é a escolha do alimento, cheiro, cores e temperatura que favorece a preparação da boca para receber o alimento. A fase oral captura e manipulação do bolo alimentar. Fase faríngea é passagem do alimento da boca ao esôfago. E a última fase é a esofágica, que envolve a movimentação da musculatura do esôfago e transporte do bolo ao estômago.

Qualquer alteração ou dificuldade neste processo é chamada de Disfagia. Atualmente a disfagia é considerada uma doença, pois apresentam variadas causas, inúmeros sintomas e podem levar a outras complicações sérias como a desnutrição, desidratação, pneumonia e até a morte.

A inabilidade ou dificuldade de deglutir saliva, líquidos ou alimentos ocorre por fatores neurológicos, por exemplo, após AVCs (acidente vascular cerebral), fatores mecânicos, como presença de traqueostomia, uso prolongado de sonda de alimentação, após o tratamento do câncer e demais fatores, inclusive causas ainda desconhecidas.

O paciente pode apresentar desde sintomas leves a graves. Como exemplo, podemos citar: dificuldade para mastigar alguns tipos de alimento, demora durante a alimentação, sensação de alimento parado na “garganta”, saída de líquidos pelo nariz tosse ou engasgos, até falta de ar ao se alimentar.

Algumas vezes a disfagia pode ser silenciosa e não apresentar nenhum sintoma, dificultando o diagnóstico e a procura por tratamento adequado. É extremamente importante estarmos atentos a nossa alimentação e de nossos familiares, em caso de dúvidas procurarem atendimento médico e fonoaudiológico. Só profissionais especializados na deglutição e suas alterações podem realizar uma correta avaliação, um diagnóstico preciso e o tratamento adequado.

Disfagia e Qualidade de Vida

Segundo a Organização Mundial da Saúde qualidade de vida é a percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações, satisfação no trabalho, na vida familiar, social e condições ambientais. Ou seja, a qualidade de vida é definida pelo próprio sujeito. O que pode favorecer a qualidade de vida de um paciente não necessariamente também favorece outro paciente, mesmo que estes apresentem a mesma doença.

O conceito de saúde é amplo, ter saúde não é meramente a ausência de doença e sim apresentar qualidade de vida. A perspectiva a ser avaliada, o ponto de vista a ser considerado quando se fala em qualidade de vida deverá ser sempre o do paciente. Desta forma, é imperativo que o próprio doente avalie geralmente através de questionários sua qualidade de vida frente à doença que este apresenta.

Qualquer alteração na deglutição que impeça uma alimentação segura, eficiente e confortável é definida como disfagia. Ela pode trazer limitações funcionais e complicações importantes, como entrada de alimento em via aérea (laringe, traquéia e pulmões), pneumonia e desnutrição, interferindo na qualidade de vida.
Quando se fala em qualidade de vida em disfagia vários aspectos do dia-a-dia podem estar comprometidos, assim como interferências na parte física, emocional, psicológica afetando inclusive o convívio social do indivíduo.

Muitos indivíduos que apresentam disfagia demonstram dificuldade em vários aspectos da sua vida. Sentem que lidar com o problema da alimentação é muito difícil, muitas vezes já não sentem o mesmo desejo de comer a comida preferida como faziam antes, referem que há demora em se alimentar e que a comida esfria no prato, não conseguem selecionar os alimentos que podem comer, pois sentem dificuldades tanto com líquidos quanto com sólidos, muitas vezes sentem medo de se alimentar, resolvem não sair mais de casa para almoçar/jantar fora com amigos ou familiares, isolam-se dentro da própria casa, sentem-se desanimados e a alimentação que deveria ter função social, de descontração é perdida e já não há mais prazer em se alimentar.

É importante conhecer a visão do paciente que apresenta dificuldade de engolir (deglutir), pois só assim poderemos entender como estes indivíduos vivem sua dificuldade durante sua alimentação, desta forma auxiliá-los mais breve possível em seu correto tratamento.

Fonte: por Juliana Portas, Fonoaudióloga, Especialista em voz e motricidade oral, Mestre em Oncologia , para Nutrionco.

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