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Estenose vaginal pós radioterapia

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Todos os anos, centenas de milhares de mulheres por todo o país recebem diagnósticos de câncer durante suas consultas médicas. Mais de 40% deles, classificados como cânceres ginecológicos, que afetam áreas como o colo do útero, endométrio e ovário.

Embora essa seja uma doença muitas vezes silenciosa e que causa medo e insegurança entre pacientes e familiares, quando precocemente diagnosticada tem grandes chances de cura.

No caso dos cânceres ginecológicos, a radioterapia é um dos principais procedimentos utilizados durante o tratamento, que consiste no uso de radiação para eliminar ou impedir o desenvolvimento do tumor. A técnica, no entanto, pode causar impactos na qualidade de vida das pacientes.

Além de efeitos colaterais como queimaduras e inflamações, 90% das mulheres que passaram por radioterapia pélvica ou intravaginal descrevem alterações pélvicas entre eles a estenose vaginal (estreitamento vaginal) e a dispareunia (dor na relação sexual).

É comum que durante o tratamento dos cânceres ginecológicos, a técnica de braquiterapia seja adotada, atuando diretamente na área afetada pelo tumor. Ou seja, a radioterapia é feita dentro do canal vaginal. Apesar dos benefícios na cura da doença, o procedimento também pode resultar em disfunções a médio e longo prazo

A estenose vaginal é um dos efeitos adversos identificado em aproximadamente 45% das mulheres que tiveram câncer ginecológico (colo de útero) e que passaram por radioterapia.

Na estenose, o canal vaginal sofre um estreitamento anormal, que pode ser total ou parcial. É comum que essa alteração, no entanto, seja identificada até meses depois do fim do tratamento, quando as mulheres retornam aos consultórios com queixas sobre dor ou dificuldade durante a penetração e o ressecamento da mucosa da vagina.

 

Influência da radioterapia na estenose vaginal

 

O tratamento de radioterapia utiliza radiações ionizantes, como o raio-x, para destruir ou impedir o aumento dos tumores. Muitas vezes, essa radiação está relacionada ao surgimento de efeitos colaterais nos pacientes oncológicos. E no caso dos cânceres ginecológicos, o uso da radiação pélvica pode afetar os órgãos da região.

A estenose vaginal é uma das alterações causadas pela influência do procedimento. Embora seja relativamente comum, seu acometimento está diretamente ligado às características de cada paciente, bem como à intensidade do procedimento ao qual ela foi submetida, como a quantidade de radiação utilizada e o grau do câncer tratado.

As modificações vaginais podem ocorrer ao longo do tempo e, muitas vezes, só são percebidas meses após o fim da terapia. Antes do desenvolvimento da estenose, são observadas outras modificações na região vaginal, como a diminuição do fluxo sanguíneo, da espessura da mucosa vaginal e da lubrificação, a perda da elasticidade da vagina e a formação de aderências e fibroses.

Em decorrência de todas as complicações físicas causadas, não é incomum que as mulheres afetadas vivenciem sentimentos de tristeza, estresse e ansiedade, influenciando diretamente em suas rotinas e qualidade de vida. No entanto, atualmente é possível prevenir ou tratar essas alterações ginecológicas através da fisioterapia pélvica. 

 

Atuação da fisioterapia no tratamento da estenose vaginal

 

A fisioterapia pélvica oncológica é uma intervenção que tem como objetivo prevenir ou tratar as complicações causadas pelo tratamento antineoplásico e é realizada a partir da adoção de diversos recursos manuais, eletrofotofísicos e mecânicos. Quanto mais precocemente for iniciada, mais chances de sucesso a paciente terá no tratamento. Por isso, é indicada imediatamente após o fim da radioterapia.

Na fisioterapia pélvica, existem diversas técnicas, que vão desde movimentos do assoalho pélvico, massagens e até sessões de eletroestimulação. O plano de tratamento é desenvolvido a partir do perfil de cada paciente, mas é comum a adoção dos seguintes recursos:

  • Uso de instrumentos vibradores e dilatadores do canal vaginal
  • Procedimentos de eletroestimulação, eletroanalgesia e fotobiomodulação
  • Treinamentos do assoalho pélvico e exercícios na região
  • Massagens perineais

 

Após os exercícios e procedimentos, as pacientes sentem melhora e até mesmo o desaparecimento dos desconfortos vaginais, de modo que podem manter suas funções sexuais e reestabelecer suas rotinas.    

 

 

Dra Jaqueline Munaretto Timm Baiocchi

Fisioterapeuta CREFITO 3/69837F

Doutora em Oncologia

Especialista em Fisioterapia em Oncologia ABFO/COFFITO

Especialista em Fisioterapia na saúde da mulher ABRAFISM/COFFITO

 

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