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Fisioterapia na Prostatectomia Radical

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A Prostatectomia Radical é a cirurgia realizada para o tratamento do câncer de próstata e hoje é considerada como a forma de tratamento mais efetiva para o câncer de próstata localizado.

Apesar da Prostatectomia Radical apresentar bons resultados no controle da doença, a Incontinência Urinária e a Disfunção Erétil são suas principais complicações pós operatórias.

A incontinência urinária afeta o homem substancialmente levando-o a um sentimento de desânimo, depressão e exclusão social e, tem sido colocada como mais impactante que a disfunção erétil, na qualidade de vida do paciente.

Mecanismo de Incontinência Urinária na Prostatectomia Radical:

A Incontinência Urinária ocorre porque na cirurgia retiram-se o esfíncter uretral proximal, o ápice prostático, o verumontanum, assim como parte do esfíncter distal, ficando apenas o seu segmento remanescente como responsável pela continência urinária do homem, ou seja, a cirurgia altera o “mecanismo natural” da continência urinária masculina e, esta passa a depender quase que exclusivamente de um músculo remanescente: o esfíncter distal ou esfíncter externo.

Além da própria cirurgia, alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento de Incontinência Urinária após a Prostatectomia Radical, como: pacientes que tenham realizado ressecção trans-uretral (RTU) previamente, o tabagismo, doenças neurológicas, idade avançada do paciente, obesidade e a habilidade do cirurgião.
Entretanto, existe um consenso na literatura médica de que a própria cirurgia é maior risco para o paciente desenvolver essa condição.

Tratamento

A Incontinência Urinária após a Prostatectomia Radical pode ter duração e intensidade variáveis, pois a sua ocorrência é diretamente relacionada ao grau de lesão que ocorreu no esfíncter distal durante o ato cirúrgico. É por este motivo que alguns pacientes que realizaram a cirurgia não desenvolvem o problema, enquanto outros desenvolvem perda severa de urina.

A recuperação do controle urinário ocorre de forma gradativa e é relacionada ao grau de recuperação do músculo esfíncter distal, podendo demorar de semanas ou até um ano após a cirurgia.

O tratamento de primeira linha para a incontinência urinária após prostatectomia é conservador e constitui-se basicamente de fisioterapia e modificações no estilo de vida (como a adequação da ingestão de líquidos, o uso de absorventes e vestimentas adequados, cessação do tabagismo).

A Fisioterapia nesses casos visa a Reabilitação do Assoalho Pélvico. Assoalho Pélvico é o nome dado a um grupo muscular situado entre a base do pênis e o ânus. O treinamento dessa musculatura visa melhorar a força e a resistência muscular da região, promovendo assim o fechamento uretral.

A Fisioterapia pode ser realizada por meio de alguns recursos fisioterapêuticos inclui: a realização de exercícios de assoalho pélvico (a chamada “Cinesioterapia”), o biofeedback, a eletroestimulação dos músculos do assoalho pélvico (com eletrodo anal ou transcutâneo) ou uma combinação desses métodos.

Os exercícios pélvicos compreendem qualquer tipo de treinamento de contração dos músculos do assoalho pélvico. Os exercícios de assoalho pélvico treinam o paciente a isolar e contrair corretamente o assoalho pélvico para aumentar a força e a resistência muscular, no intuito de aumentar o fechamento uretral durante os momentos de esforço.

O biofeedback é uma técnica fisioterapêutica que utiliza um equipamento eletrônico que mostra de maneira contínua e instantânea, a contração realizada pelo paciente (normal ou anormal), através de sinais visuais ou auditivos. É uma maneira bastante interessante para o paciente “aprender” a realizar os exercícios pélvicos.

A eletroestimulação tem sido também descrita como possível forma de tratamento conservador da incontinência urinária pós prostatectomia radical. Ela promove uma estimulação artificial do nervo pudendo (principal responsável pela inervação da região do períneo) e isso leva a uma resposta reflexa direta dos músculos do assolaho pélvico.
A eletroestimulação promove contração dos músculos do assoalho pélvico contribuindo para uma forma de treino de força e resistência muscular, aumentando o número de unidades motoras ativadas e, gerando também, hipertrofia muscular.

Em particular, a reabilitação do assoalho pélvico é o tratamento conservador mais recomendado, de acordo a literatura.
Nos casos em que o tratamento conservador, realizado por pelo menos um ano, falhou, deve-se ser instituído o tratamento cirúrgico, com técnicas que buscam “comprimir” a uretra, como os slings ou o esfíncter artificial. O tratamento cirúrgico é sempre realizado pelo médico urologista e só é indicado aos casos que não obtiveram sucesso com o tratamento conservador.

Carla Elaine Laurienzo da Cunha Andrade
Fisioterapeuta do Hospital de Câncer de Barretos - Fundação Pio XII
Mestre em Oncologia (Hospital AC Camargo)
Doutoranda em Bases Gerais da Cirurgia (UNESP – Botucatu)

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